domingo, 29 de abril de 2012

Gir, uma releitura necessária

Fábulas são pequenas histórias ilustrativas que trazem na conclusão uma reflexão. Existe uma de Esopo muito interessante, a galinha dos ovos de ouro. Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua galinha tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o a mulher dizendo: _Veja! Estamos ricos! Levou o ovo ao mercado e o vendeu por um bom preço. Na manhã seguinte a galinha pôs outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E assim se sucedeu por vários dias levando o fazendeiro a uma indagação: 'se esta galinha põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!" Matou a galinha, que por dentro era igual a qualquer outra. Moral: quem tudo quer tudo perde. O zebu foi trazido de seu berço, a Índia, pela adaptabilidade extraordinária ao solo brasileiro, onde, com o passar dos anos a raça Nelore se estruturou como a grande produtora de carne levando o país a um dos maiores produtores desse tipo de proteína no mundo e, a Gir em igual estrutura na produção de leite. O sangue Gir, direta ou indiretamente (cruzamentos), encontra-se presente em mais de 80% dos currais leiteiros do país. É um dado estatístico de muita significância que não deixa qualquer dúvida sobre sua importância na pecuária brasileira. Em ambas um dicotomia: de um lado criadores que investem em genética e, de outro, os que aproveitam dessa genética para melhorar o desempenho produtivo e reprodutivo de seus rebanhos. Na raça nelore o que se chamou de avanço técnico/científico ao que parece não surtiu o efeito desejado junto aos rebanhos de produção, uma releitura se fez necessária; na Gir, ainda relutam a essa releitura.     

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